No Andar, nome e conceito, surge da consciência da dinâmica entre duas necessidades e tendências de acção complementares na Natureza e no Ser Humano, a segurança e a exploração do meio. Raízes e asas. Recolhimento e curiosidade. Dentro e fora.
No Andar - na casa, no familiar e No Andar - em movimento, na procura. Uma das dinâmicas universais que nos une a todos, esta dança manifesta-se desde cedo, na criança que explora o meio e volta para a segurança do colo, alimentando-se de recursos para um pouco mais de exploração, e mantém-se durante toda a nossa vida, dentro de nós e nas nossas relações com outros.
Nem sempre fácil de gerir, por vezes em alternância pacífica, outras vezes assustadoramente conflituosa, outras ainda em dinâmica dialéctica efusiva, esta dança está sempre presente.
No Andar, de uma forma mais prática, reflecte a vivência do espaço-cidade e da procura do natural dentro dele, do homem "civilizado" e do mais instintivo e fundamental que encerra.
Remete ainda para a caminhada interna que todos fazemos, mais ou menos acidentada, em que nos vamos descobrindo e revelando.
A proposta do No Andar é esta, de acolhimento e desafio, de andar-explorar, por dentro e por fora, experimentando, explorando e regressando a casa mais inteiros.
Fazer o caminho, andando.